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O que decidiu o Sínodo dos Bispos?

Foto Sínodo interna
Houve muita especulação da Imprensa falada e escrita sobre o Sínodo dos bispos, em Roma, de 5 a 19 de outubro. Na verdade parece ter havido dois Sínodos: um, dos bispos; e outro, da mídia, completamente diferente. Apressadamente uma mídia desnorteada propagou que a Igreja ia rever sua doutrina sobre a homossexualidade, Comunhão para casais de segunda união, etc.
Nada disso houve. O Cardeal de São Paulo deu uma declaração de que nada ia mudar na doutrina da Igreja. Ora, a Igreja tem dois mil anos; nunca um papa revogou um ponto de doutrina da fé, estabelecido pelo sagrado Magistério. Nunca um Concílio Ecumênico da Igreja revogou ou alterou um ensinamento doutrinário fundamental já definido nas encíclicas ou no Catecismo. As portas do inferno não a vencerão jamais. Fiquemos em paz.
Mas, infelizmente, de maneira apressada e mal informada, percebo que começou a surgir um certo “neotradicionalismo”, colocando em dúvida a ortodoxia do papa e do Sínodo.
Bem, foi publicado o documento conclusivo do Sínodo, – Relatio Synodi – que não traz de novo; nem mesmo cita essas questões mais difíceis que a imprensa tanto propagou: Casamento gay, Comunhão para casais de segunda união, etc.
O documento do Sínodo é sóbrio, e apenas propõe a continuação dos trabalhos no Sínodo em outubro de 2015, sendo que, então, depois dele o Papa Francisco poderá publicar uma Exortação Apostólica.
O documento, entre outros pontos, destacou “os grandes desafios da fidelidade no amor conjugal, do enfraquecimento da fé e dos valores, do individualismo, do empobrecimento das relações, do stress, de um alvoroço que ignora a reflexão, que também marcam a vida familiar”.
Lembrou que “Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém”. Isso mostra uma preocupação pastoral no sentido de acolher quem peca, mas não de ser tolerante com o pecado. E ratifica os valores tradicionais da família e do matrimônio.
“O amor do homem e da mulher nos ensina que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo. É isto que manifesta em modo sugestivo a mulher do Cântico dos Cânticos: “O meu amado é para mim e eu sou sua… eu sou do meu amado e meu amado é meu” (Ct 2,16; 6,3).
O documento insiste na indissolubilidade do matrimônio: “O amor tende pela sua natureza ser para sempre, até dar a vida pela pessoa que se ama (cf. Jo 15,13). Nesta luz, o amor conjugal único e indissolúvel persiste, apesar das tantas dificuldades do limite humano; é um dos milagres mais belos, embora seja também o mais comum”.
Reafirma os valores da família instituída por Deus: “A família de Deus experimenta isto no afeto e no diálogo entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs… Existem, portanto, o empenho cotidiano na educação à fé e à vida boa e bonita do Evangelho, à santidade. Assim, a família se apresenta como autêntica Igreja doméstica, que se alarga à família das famílias que é a comunidade eclesial. Os cônjuges cristãos são, após, chamados a tornarem-se mestres na fé e no amor também para os jovens casais”.

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