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A vida sexual depois dos filhos

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O amor do casal é um sinal do amor de Deus pela humanidade
Deus dotou a vida sexual do casal de profunda dignidade e sentido: unitivo e procriativo. Quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo, com o anjo que apenas é espírito. E dotando-o de corpo quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual devia ser guiada não pelo instinto, como nos animais, mas, pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor. E devia ser vivida a vida toda.
Jamais um casal deve pensar que Deus esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato é santo e santificador no casamento e querido por Deus. O ato sexual no seu devido lugar, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espiritual e psicológico, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a “fonte da vida” e da “celebração do amor conjugal”. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o seu uso adequado.
Diz o Dr. Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade Católica da América, Washington, D.C., que ato sexual:
“É um ato de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre dois cristãos em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da Trindade, e uma fusão de duas almas que participam da mesma Vida Divina… Por outro lado, usado com propriedade, torna-se uma fonte de união, harmonia, paz e ajustamento. Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, e funciona como escudo contra a infidelidade e incontinência. A personalidade humana integral, mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o ato do amor conjugal também é merecedor de graças” (Clemens, 1969, pg. 175).
Afirma Raoul de Gutchenere, em “Judgment on Birth Control” que:
“Foi reconhecido há já bastante tempo, que… as relações sexuais produzem efeitos psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher… De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, vigor, autoconfiança, satisfação, sensação geral de bem estar, sensação de segurança e uma disposição que conduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor importância entre o casal” (Apud Clemens, pg. 177).
Não é à toa que São Paulo, há 2000 anos já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos recuseis um ao outro… afim de que Satanás não vos tente” (1Cor 7,5).
A recusa do sexo sem motivo pode representar não apenas uma injustiça para com o cônjuge, mas também o perigo de expô-lo à infidelidade e o casamento ao fracasso. Isso mostra que os casais não devem ficar muito tempo separado quaisquer que sejam os motivos, especialmente por razões menores. O afastamento prolongado deles pode gerar uma situação de estresse especialmente para o homem, mesmo na terceira idade. Alguns conseguem superar essa abstinência sexual forçada com uma sublimação religiosa, mas nem todos tem a mesma disposição.
O nosso Catecismo diz que: “A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros. (CIC §2332)
Mesmo depois que o casal já atingiu a idade madura, e não pode mais gerar – na maioria das vezes por causa da menopausa da mulher – a vida sexual deles continua e com todo vigor. O homem, especialmente, tem vida sexual até a morte. E é neste período que a vida sexual do casal pode ser mais harmoniosa do que antes.
Nesta fase da vida, em que os filhos já cresceram, e o casal têm mais tempo de conversar, passear, etc., o relacionamento deles tende a ser melhor do que antes, se eles se amam. E, como a vida sexual é “manifestação do amor”, o ato sexual do casal maduro tem tudo para ser mais harmonioso e satisfatório para ambos. A idade gera experiência.
Neste período as preocupações com os filhos e com a vida econômica normalmente diminuem, e cada um se une mais ao outro, até mesmo pelas necessidades da idade. Já encontrei vários casais que chegaram à harmonia sexual, ou seja, plena satisfação sexual, somente nesta fase da vida.
Na verdade, como disseram os especialistas citados acima, a vida sexual de um casal maduro, é um tônico para eles, e motivo de realização e felicidade. O fato de não poderem mais gerar filhos, não impede o ato sexual pleno, pois se não há o aspecto procriativo, há o unitivo que o justifica.
O amor do casal é um sinal do amor de Deus pela humanidade; e o ato sexual espelha a força e a grandeza desse amor; em qualquer idade do casal.

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