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Mostrando postagens de setembro, 2014
O Leão de São Jerônimo Numa certa tarde, como faziam todos os dias nas horas canônicas, os monges estavam reunidos ouvindo as lições do dia. São Jerônimo estava entre eles e ouvia atento. De repente, todos perceberam que um leão se aproximava. Foi uma correria geral. São Jerônimo manteve a calma: foi o único. Ele levantou-se e foi encontrar-se com aquele hospede não convidado... Era um animal enorme que usava somente três patas para caminhar. A quarta pata ele a trazia levantada. Claro que o leão não poderia falar, mas dava a impressão de querer comunicar alguma coisa e ofereceu a Jerônimo a pata que trazia levantada. O monge a examinou e percebeu que o animal estava gravemente ferido. Jerônimo chamou o menos medroso dos monges para ajudá-lo a limpar e cuidar do ferimento que estava em carne viva, infeccionado e ainda cheio de espinhos. Jerônimo tratou do animal, retirou-lhe os espinhos e o medicou com unguentos. O animal sarou. Os cuidados oferecidos ao animal amansaram a
Os cabelos de Sansão Qual a explicação da perda das forças de Sansão, ao serem cortados os seus cabelos? A cabeleira de Sansão era, segundo um costume israelita, símbolo da consagração (nazireato) deste varão ao Senhor. Conservar a cabeleira, portanto, vinha a ser em Sansão sinal de amor e devotamento a Javé. Enquanto Sansão era cioso de seus cabelos (cioso de seu voto de nazireato), o Senhor lhe concedia auxílio e forças extraordinárias para debelar os filisteus, inimigos de Israel – missão esta que Deus mesmo atribuíra a Sansão. Aconteceu, porém, que o valente guerreiro, vencido pela paixão, revelou o seu segredo a uma mulher, dando ocasião a que lhe cortassem os cabelos; por esse feito, ele violou o seu voto ou a fidelidade ao Senhor e desmereceu a proteção que lhe era dada; tomou-se então incapaz de lutar, sucumbindo finalmente nas mãos dos adversários. Não se julgue, portanto, que eram os cabelos como tais que faziam a força de Sansão. Veja-se, a propósito, E. Bettenc
A importância da Política Infelizmente o demônio colocou na cabeça de muitos cristãos que “Política não presta”; então, os bons se afastaram dela deixando-a aos cuidados de muitos que a usam para o seu próprio bem, e não do povo, do bem comum. É claro que há políticos honrados. A Igreja sempre ensinou que a política é a arte de buscar “o bem comum”, o bem de todos, especialmente dos mais necessitados. Então, como disse o Papa Francisco, “política é arte de fazer caridade”. O verdadeiro político é um “sacerdote” que só pensa no bem dos seus concidadãos; não pensa em si mesmo. A política é boa, santa, o que não presta é a politicagem, o uso e abuso da política. O político é bom, o que não presta é o politiqueiro, que usa da política para seu enriquecimento, multiplicando as falcatruas e corrupções, os mensalões e outras práticas desonestas. Os papas têm repetido isso muitas vezes, chamando os católicos a entrarem sem medo na vida publica.  O nosso Catecismo (§899) diz: “A ini
Interpretar a Bíblia ao pé da letra? Algumas pessoas que não entendem bem da Bíblia, ou que foram doutrinadas em algumas seitas, pensam ainda que devemos interpretar a Bíblia ao pé da letra, de maneira fundamentalista. Ora, nada mais errado e perigoso. Por isso, o Magistério da Igreja interpreta a Sagrada Escritura, discernindo o que não pode ser mudado e o que é costume da época e que não vale mais hoje. Veja, por exemplo, os problemas que teríamos hoje se fôssemos viver a Bíblia dessa forma: Êxodo 21,2 -  “quando comprares um escravo hebreu, ele servirá seis anos; no sétimo sairá livre, sem pagar nada”. Quer dizer que então podemos comprar escravos? Levítico 25,44 –  estabelece que posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, desde que sejam adquiridos de países vizinhos. “Vossos escravos, homens ou mulheres, tomá-los-eis dentre as nações que vos cercam; delas comprareis os vossos escravos, homens ou mulheres”. Êxodo 21,7 -  “Se um homem tiver vendido sua filha p
Como votar? Qual a importância do voto? Recentemente o Papa Francisco falando sobre a política exortou: “Envolver-se na política é uma obrigação para o cristão. Nós não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos, não podemos. Temos de nos meter na política porque a política é uma das formas mais altas de caridade, porque busca o bem comum”. Note que o Papa enfatizou que a política é uma das “formas mais altas de caridade”, porque é por ela que um país é governado, atendendo especialmente aos mais necessitados. Mas, se os políticos são desonestos, essa caridade não existe. E a culpa, acima de tudo é do próprio povo, porque é ele quem escolhe pelo voto seus governantes. É uma triste ilusão achar que todos vão anular o voto ou que este número atinja o suficiente para eliminar o valor da eleição; isso nunca houve na prática. Sempre alguém será eleito. Então, é necessário votar em alguém, ainda que não seja um candidato ideal. Quando estamos diante de uma situação difícil, da qua
São Jerônimo presbítero e doutor da Igreja Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase:  “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em
A Hierarquia dos Anjos Seguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três Hierarquias. Primeira hierarquia: É formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o Criador Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS numa constante e permanente frequência, em grau bem mais elevado que os outros Coros: Serafins, Querubins e Tronos. Serafins: O nome “seraph” deriva do hebreu e significa “queimar completamente”. Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é apenas um ser que “queima”, mas “que se consome” no amor ao Sumo Bem, que é o nosso Deus Altíssimo. Na Sagrada Escritura os Santos Anjos Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaias: (Is 6,1-2). Seguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins,Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjo
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael O novo calendário reuniu em uma só celebração os três arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, cuja festa caía respectivamente a 29 de setembro, a 24 de março e a 24 de outubro. Da existência destes anjos fala explicitamente a Sagrada Escritura, que lhes dá um nome e lhes determina a função. São Miguel, o antigo padroeiro da Sinagoga, é agora o padroeiro da Igreja universal; São Gabriel é o anjo da encarnação e talvez o da agonia do jardim das oliveiras; São Rafael é o guia dos viajantes. São Miguel, em particular, foi cultuado desde os primeiros séculos de história do cristianismo. O imperador Constantino erigiu-lhe um santuário nas margens do Bósforo, em terra européia, enquanto Justiniano construiu-lhe um no lado oposto. A data de 29 de setembro corresponde à da consagração da igreja dedicada no século V a são Miguel, a seus milhas da via Salária. A festividade difundiu-se rapidamente no Ocidente e no Oriente. Em Roma foi-lhe dedicado o célebr
Quem são os santos arcanjos? A Igreja conhece o nome de três Arcanjo e a Liturgia celebra no dia 29 de setembro, a Festa a eles: Miguel, Gabriel e Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: Anjos, Arcanjos, Tronos, Querubins, Serafins, Tronos, Virtudes, Potestades e Poderes. Na Festa dos santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos: ‘Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando a uma só voz… (Prefácio). São Rafael é guia de Tobias e dos viajantes. (Ver o livro de Tobias). São Miguel era o antigo padroe
Onde estão os anjos na Liturgia da Igreja? Uma das provas mais claras da realidade dos anjos, é o culto litúrgico que a Igreja lhes presta. Sabemos que na vida da Igreja, “lex orandi, lex credendi”; a norma da fé é a norma da oração, reza-se conforme se crê. Santo Agostinho, já no século IV, afirmava que “é preciso honrar os anjos testemunhando-lhes amor e respeito, mas não adoração, a qual somente a Deus é devido”. Aos poucos, na vida da Igreja , foram se tornando comuns as orações e os oratórios em honra dos anjos. No século VI já se celebrava a festa de São Miguel Arcanjo. No século IX, a Igreja instituiu a Missa em louvor dos Santos Anjos. A partir do século XIII surgem muitos templos dedicados aos três santos Arcanjos. No século XVI o culto aos anjos já se estendia a toda a cristandade. Em 1561 o Papa Pio IV consagrou a “Santa Maria e aos sete anjos” a igreja que Michel Angelo construiu no local do salão das Termas do imperador romano Dioclesiano. É o que se chama igreja de
Casal brasileiro convidado para o Sínodo sobre as famílias: Quando o casal reza junto a relação é mais viva O site  ACI  informou nesta quinta-feira (25/09/14) que o casal brasileiro Arturo e Hermelinda de Sá Zamperline, foram convocados pelo Papa Francisco para participarem da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 5 a 19 de outubro, no Vaticano. Casados há 41 anos, eles são os coordenadores nacionais do movimento das Equipes de Nossa Senhora (ENS) e moram em São José dos Campos (SP). Além deles, foram chamados outros 13 casais do mundo inteiro na condição de auditores, ou seja, terão direito à palavra, mas não ao voto. “Estamos muito ansiosos. No momento em que recebemos a notícia, foi uma surpresa por ser um evento tão importante. Fomos agraciados com essa grande bênção. É uma honra e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade. Temos recebido muito material para leitura e estamos estudando bastante. Fomos escolhidos para, ao longo do even
São Cléofas Cléofas é um dos dois discípulos que no dia da ressurreição de Jesus Cristo, voltando a Emaús ao término das celebrações pascais, foram alcançados na estrada e acompanhados pelo Ressuscitado, que reconheceram somente depois de terem sido advertidos e terem generosamente oferecido hospitalidade. “Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel; mas…” Nas palavras que os dois discípulos dirigem ao desconhecido há um tom de frustração comum a todos os apóstolos naquela hora de provação. “É verdade que algumas mulheres, que são dos nossos, nos assustaram.” Deste reflexo de esperança, o desconhecido faz penetrar a luz da Boa Nova, explicando-lhes as Escrituras e depois, aceitando o convite deles: “Fica conosco, porque a noite está chegando e o dia está para acabar”; revela-se “ao partir o pão”, o gesto eucarístico da última ceia, à qual também Cléofas devia estar presente. Mas não é só este o privilégio do qual podia orgulhar-se. Se dermos uma olhada à etimologia do
Os milagres de Cristo são reais ou apenas simbólicos? É claro que para a Igreja os milagres de Jesus são autênticos e verdadeiros; todos foram reais; nada é simbólico de acordo com o Magistério da Igreja, a Bíblia e a Sagrada Tradição. Os milagres de Jesus, especialmente a sua Ressurreição, são as provas inequívocas de sua divindade. São João disse no final do seu Evangelho: “Fez Jesus, na presença de seus discípulos, muitos outros milagres, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que crendo, tenhais a vida em seu nome.” (Jo 20,31). Veja por exemplo o que diz o Catecismo da Igreja: §1335 – O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia (cf. Mt 14, 13-21; 15,32-39). O Concilio Vaticano II , na Constituição Dogmática ‘Dei Verbum” disse n
O SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS (parágrafos 1499 a 1525) «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará. E,  se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Tg 5, 14-15). O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que enfrenta as dificuldades inerentes ao estado de doença grave ou de velhice. O tempo oportuno para receber a Santa Unção chegou certamente quando o fiel começa a encontrar-se em perigo de morte, devido a doença ou a velhice. Todas as vezes que um cristão cai gravemente enfermo, pode receber a Santa Unção; e também quando, mesmo depois de a ter recebido, a doença se agrava. Só os sacerdotes (presbíteros e bispos) podem ministrar o sacramento da Unção dos Enfermos; para isso, empregarão óleo benzido pelo bispo ou, em caso de necessidade, pelo próprio presbítero celebrante. O essencial da cele
O SACRAMENTO DA ORDEM (CIC 1533-1600) São Paulo ao seu discípulo Timóteo:  «Exorto-te a que reavives o dom que Deus depositou em ti, pela imposição das minhas mãos» (2 Tm 1,6), e «aquele que aspira ao lugar de bispo, aspira a uma nobre fun ção» (1 Tm 3,1). A Tito, o mesmo Apóstolo dizia: «Se te deixei em Creta, foi para acabares de organizar o que faltava e estabelecer anciãos em cada cidade, como te havia ordenado» (Tt 1,5). A Igreja é, na sua totalidade, um povo sacerdotal. Graças ao Batismo, todos os fiéis participam no sacerdócio de Cristo. Esta participação chama-se «sacerdócio comum dos fiéis». Na base deste sacerdócio e ao seu serviço, existe uma outra participação na missão de Cristo: a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja missão é servir em nome e na pessoa de Cristo-Cabeça no meio da comunidade. O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fïéis, porque confere um poder sagrado para o serviço dos mesmos fiéis. Os ministros ordena
Adianta rezar por uma pessoa com quem não temos  contato? O que nos une na Igreja não é a proximidade física, é muito mais o Espírito Santo que forma o Corpo de Cristo e a Comunhão dos Santos; então, a oração por alguém não depende de contato com ela. Há um intercâmbio de graças por todo o corpo de Cristo que é a Igreja, e a intercessão de uns pelos outros é valiosa; até Jesus pediu que os apóstolos orassem com ele na noite da sua agonia. Se Deus quer que façamos a sua Vontade assim a terra como no céu, de que vale pedir-lhe o que precisamos? Deus quer que peçamos o que precisamos: “pedi e recebereis, buscai e achareis…” (Lc 11, 9). Fazer a vontade de Deus é viver os seus mandamentos, suas leis, e também aceitar na fé, sem revolta,  o que nos acontece e que não podemos evitar. E devemos sempre pedir com fé o que precisamos: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje…” Prof. Felipe Aquino
São Geraldo primeiro mártir da Hungria Hoje, nos enriquecemos com a vida de santidade de São Geraldo, o primeiro mártir da Hungria. O santo de hoje nasceu em Veneza, em 980. Estudou em escola beneditina e teve uma ótima formação, que inclui o zelo pela salvação das almas. Abraçou a vida religiosa na Ordem Beneditina e em pouco tempo São Geraldo chegou ao serviço de abade do mosteiro. Voltando de uma viagem à Terra Santa, passou pela Hungria e a pedido do rei assumiu a missão de evangelizar com seu grupo aquela nação. Combateu as idolatrias e o sagrado Bispo não deixava de recorrer e recomendar a Onipotência Suplicante da Virgem Maria. Com a morte do rei, entrou a luta pelo poder e ele lutou pela paz onde reinava a discórdia. Um dos pretendentes não só era contra o Bispo, mas cultivava ódio pelo Cristianismo. Numa viagem em socorro do povo com a fé ameaçada, São Geraldo foi preso e apedrejado até a morte pelos inimigos da fé, isto em 24 de setembro de 1046. Deixou esc