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Por que o sexo só no casamento?

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“A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.” (1 Cor 7,4)
A Lei de Deus diz que a vida sexual é para o casamento; e se é a Lei de Deus, é bom e necessário para o nosso bem.
Deus é Pai e é amor; quer o nosso bem. São Paulo há dois mil anos já ensinava isso aos coríntios. O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo; ou que o corpo de um amigo pode ser usado por outro amigo; ou que duas amigas podem ter relacionamento sexual. Ele fala de marido e esposa; já que a vida sexual exige um compromisso de vida para sempre assumido diante de Deus e da comunidade.
Por isso, o namoro e o noivado não são ainda a hora de viver a vida sexual. Ensina o nosso Catecismo que:
“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.” (§ 2350)
Não é fácil mesmo para os noivos esperarem o casamento para iniciar a vida sexual, mas esta é a lei de Deus, então é bom e belo, e vale a pena o casal cristão esperar. O Catecismo reconhece que é uma “provação”, mas esse exercício, além do mais, vai fortalecer o casal para as futuras provações conjugais.
O Papa João Paulo II, em suas catequeses sobre a “Teologia do corpo” mostrou que nossos corpos revelam que somos feitos para ser dom (entrega) para os outros, e para receber outros como dons. De forma belíssima, Ele mostrou o sentido esponsal do corpo.
A Igreja ensina que:
“Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade.” (CIC § 2363)
Por isso “o ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental” (CIC §2390).
“A união carnal não é moralmente legítima, a não ser quando se instaura uma comunidade de vida definitiva entre o homem e a mulher. O amor humano não tolera a “experiência”. Ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si.” (§ 2391)
As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: pode gerar famílias destruídas; mães e pais jovens solteiros; filhos muitas vezes abandonados e hoje muitas crianças “órfãs de pais vivos”. Muitos destes podem se tornar meninos frustrados, sofredores, muitas vezes buscando nas drogas, na bebida e no crime a compensação de suas carências.
Ora, sabemos que é difícil educar um filho com pai e mãe ao seu lado. Sem um deles é muito mais difícil.
É verdade que hoje muitas jovens mães solteiras possuem dignidade e sabem educar seus filhos com muito amor e carinho, se desdobrando para educá-los, fazendo de tudo para suprir a falta do pai, mas não há como negar que isto é um imenso sacrifício para elas. A presença do pai da criança a seu lado daria a ela muito mais tranquilidade e conforto.
Quantos abortos são cometidos porque se busca apenas egoisticamente o prazer do sexo, se eliminando depois o fruto: a criança! E assim, a vida é descartada acintosamente. Isso não é justo! Os animais não fazem isso! As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com a sífilis, blenorragia, cancro… sem falar do flagelo moderno da AIDS. Na vida conjugal, marido e mulher não transmitem a AIDS um para o outro, a menos que tenham adulterado.
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A moral católica ensina que aquilo que não está de acordo com a lei natural, não está de acordo com a lei de Deus, ou seja, é imoral.
A sociedade promove o sexo acintoso, especialmente através da televisão e da Internet, sem responsabilidade e sem compromisso. E depois se assusta com as milhares de meninas grávidas, estupros, separações, adultérios e famílias destruídas. É claro, pois “quem planta ventos, colhe tempestades”.
Sabemos que grande número de mulheres que dão à luz na rede do SUS, grande parte delas são adolescentes que ainda deveriam estar brincando com bonecas; mas já são mães. Algum malvado, egoísta, usou seu corpo de menina, mas não abraçou sua alma. Usou-a como se usa uma laranja para se satisfazer, e não teve a honestidade de assumir seu gesto e o seu próprio filho. Penso que você nunca viu um animal rejeitar seu filho.
Nem a vaca, nem a galinha, e nem mesmo a cobra venenosa. Mas o ser humano é capaz de ficar apenas com o prazer do sexo fora do lugar e rejeitar o seu próprio filho. Este não merece o nome de homem.
Aqui você pode, então, entender toda a importância e beleza da castidade. Ela preserva a vida, a saúde, o verdadeiro amor e a felicidade da pessoa e da sociedade.
A moral exige ensinar aos jovens o autocontrole de suas paixões, vencer a AIDS pela castidade, e não pelo uso vergonhoso da “camisinha” que incentiva ainda mais a imoralidade, a fornicação e a promiscuidade.
Conquistar esse domínio próprio é uma grande riqueza que dignifica a pessoa; e isso não se dá da noite para o dia, leva tempo, requer luta, persistência, paciência e maturidade.
Ensina o Catecismo que:
“O domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida. O esforço necessário pode ser mais intenso em certas épocas, por exemplo, quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência.” (§2342)
O crescimento na castidade é marcado pela imperfeição e muitas vezes pelo pecado. É um trabalho diário onde a pessoa casta se constrói por meio de opções livres com luta e perseverança.
“A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara, ou o homem comanda as suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz (Eclo 1,22).” (§2339)
A dignidade da pessoa humana exige que ela saiba agir de acordo com uma opção consciente e livre e não por força de um instinto interno cego. O homem só é livre e digno quando, liberto de todo cativeiro das paixões, busca realizar um ideal na vida. Sem isso o homem se desvaloriza.
A luta contra a AIDS deveria ser uma ótima oportunidade para se ensinar os jovens a viver a beleza da castidade, mas infelizmente tem acontecido exatamente o contrário. Faz-se a banalização do sexo e a propaganda de seu uso fora do casamento. É a maneira doentia deste mundo enfrentar os problemas difíceis dando para eles soluções fáceis, rápidas e inócuas.
Do livro: “O Brilho da Castidade”

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