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O Cardeal Burke é homofóbico? Um homossexual responde

O Cardeal Raymond Burke, norte-americano, sempre foi conhecido por seu pensamento conservador, alta inteligência, primoroso serviço e amor à Igreja, mas de opiniões claras, publicadas e seguras. Ganhou ainda mais visibilidade — ele e suas opiniões — nos debates jornalísticos que precederam o Sínodo da Família (em outubro de 2014) e suas declarações durante a realização desta reunião no Vaticano a respeito da família cristã e os novos desafios, entre eles as situações de casais homoafetivos — o casamento, a adoção de filhos etc. Com isso, o purpurado foi descrito e tornou-se conhecido por alguns como homofóbico, por expressar o que, na verdade, é a doutrina da Igreja que, inalterada, corresponde ao que Ela sempre ensinou firmada nas Escrituras.
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Contudo, um artigo publicado na revista “Celebrate Life”, escrito por Eric Hess, um dos maiores ativistas gays da história de Wisconsin (EUA), demonstra a todos o verdadeiro caráter do Cardeal Burke, sua preocupação pastoral e sua paternidade espiritual, mediante uma história pessoal.
Eric relata que sua infância foi turbulenta por causa do alcoolismo de seu pai e da violência advinda disso. Segundo ele, isto o fez “buscar o amor do meu pai nos braços de outros homens”. Sua juventude teve muita confusão afetiva, cuja revolta foi causada pela doutrina moral da Igreja sobre os anticoncepcionais publicada por Paulo VI em sua polêmica encíclica “Humanae Vitae”, em 1968. Eric passou a reivindicar o pretenso direito ao aborto e de posições da causa gay. Por fim, fez sua apostasia à Igreja, a renúncia à sua fé católica: em 1995, simbolicamente, colocou dentro de uma caixa sua Bíblia, todas as imagens religiosas que venerava desde a sua infância e uma carta de renúncia à Igreja, tal como faz um funcionário quando é dispensado de um emprego ou quando se demite de uma empresa, como é típico dos filmes norte-americanos. Ele enviou a caixa ao então Bispo de “La Crosse”, no seu Estado de Wisconsin, o atual Cardeal Burke.
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Para sua surpresa, o Bispo respondeu à sua carta, falando de sua tristeza pela decisão, mas que a respeitava e a comunicaria à paróquia na qual Eric fora batizada, para que isto, como é canonicamente previsto, fosse notificado no Livro de Batismos, pois a renúncia declarada à fé católica que recebeu constitui pecado grave e é algo tão grave que a Igreja aplica ao apóstata a gravíssima e alta pena de excomunhão automática. O Bispo, contudo, ainda disse que rezaria por ele e que desejava que Eric se reconciliasse com a Igreja.
Isto, porém, irritou Eric. Ele não esperava palavras como esta, de um lado aceitando sua decisão, mas, de outro, esperando o fim daquele triste erro. “Que arrogante!”, pensou. E ele, que era um dos ativistas gays do Estado de Wisconsin, escreveu uma nova carta ao Bispo, contudo, agora acusando-o de assédio. “Meus esforços por desanimá-lo caíram por terra”, pois Dom Burke lhe respondeu dizendo que não enviaria a ele mais nenhuma carta, mas, se quisesse se reconciliar com a Igreja, ele o receberia de braços abertos.
O tempo passou e Deus “não desistiu de mim”, pois, conta Eric que conversou com “um bom sacerdote”, cujas orações se uniram às do Bispo.
Enfim, em 14 de agosto de 1998, véspera da Solenidade da Assunção da Virgem Maria, foi um marco numa nova reviravolta na vida de Eric: ele estava num restaurante chinês com seu namorado há mais de 8 anos e sentiu que a graça divina o tocava e o chamava a se reconciliar com a Igreja mediante o Sacramento da Confissão, se arrependendo de seus pecados e pedindo remissão também da apostasia, para retornar à plena prática da fé católica. Enquanto voltam para casa, após a tarde daquele dia, Eric disse ao seu namorado: “Preciso voltar à Igreja Católica”. Isto representava o fim do namoro. Mais tarde, ligou para Dom Burke, que ainda foi Bispo de “La Crosse” até 2003, “para que ele fosse o primeiro a saber que eu estava voltando para a Igreja. Então, marcamos um encontro”.
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Um mês após se confessar ao sacerdote que era seu diretor espiritual, Eric esteve na sala do Bispo, que o abraçou. Perguntou a ele se lembrava de tudo quanto estava na caixa que lhe havia enviado anos antes. “É claro que eu me lembrava”, disse. Então, Dom Burke devolveu a ele sua caixa, “dizendo que sempre acreditou que eu voltaria”. por isso, prudente e sabiamente, guardara a caixa consigo.
Sobre a participação do Cardeal Burke no Sínodo dos Bispos 2014, sobre a família, e suas opiniões em entrevistas e artigos, enquanto muitos o acusaram de homofobia, Eric Hess confessa que, na verdade, o purpurado “é difamado em sua fidelidade a Deus, à Igreja e às almas. Posso dizer que é um pastor de verdade, que, para mim, se tornou um pai espiritual, imagem do nosso Pai do céu.

Com tradução de Aleteia .

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