São Carlos Borromeu

Quando morreu o seu irmão mais velho, renunciou definitivamente ao título de conde e a sucessão e preferiu ser ordenado, aos vinte e quatro anos, sacerdote e bispo. Dois anos depois, morto o Papa Pio IV, Carlos Borromeu deixou definitivamente Roma e foi acolhido triunfalmente na sua sede episcopal milanesa, onde ficou até a morte que o levou com apenas 46 anos de idade, em 1584. Em uma diocese, cujos limites continham populações lombardas, venezianas, suíças, piemontesas e lígures, São Carlos estava presente em toda parte. Sua divisa trazia como lema uma única palavra: Humildade. Não era uma simples curiosidade heráldica, era uma escolha consciente: ele, nobre e riquíssimo, privava-se de tudo e vivia em contato com o povo para escutar-lhe as necessidades e as confidências. Definiram-no o pai dos pobres ele o foi no sentido pleno da palavra.
Prodigalizou seus bens na construção de hospitais, albergues, casas de formação para o clero, empenhando-se em levar a frente as reformas sugeridas pelo Concílio de Trento, do qual foi um dos principais atores. Movido por um sincero espírito de reforma trouxe uma rígida disciplina para o clero e religiosos, nunca se preocupando com as hostilidades que criava com aqueles que não estavam dispostos a renunciar a certos privilégios que a tonsura garantia.
Foi alvo de covarde atentado, enquanto rezava na sua capela, mas saiu ileso, perdoando generosamente o autor do atentado. Levou a frente as reformas do Concilio de Trento, indispondo-se com, o governador espanhol. Durante a terrível epidemia de peste que explodiu em 1576 e se prolongou por muito tempo, aninhando-se em muitos cantos da sua diocese, São Carlos gastou todas as suas energias, e sua caridade não conheceu limites e precauções. Depois também sua robusta fibra teve de ceder ao peso de tamanha fadiga. Morreu a 3 de novembro de 1584. Foi canonizado em 1º de novembro de 1610 por Paulo V
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