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BOLETIM DIÁRIO DA CNBB - 17/03/2016

Dom Joaquim Mol receberá homenagem em nome do Papa Francisco

 

 Solenidade acontecerá no dia 23 de março

O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, receberá, em nome do Papa Francisco, homenagem como vencedor na categoria Destaque Internacional do VI Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, pela edição Encíclica Laudato Si, considerada um sopro de renovação espiritual, ética e ecológica para os católicos e, indiretamente, para o todo o movimento ambientalista mundial. A solenidade acontecerá no dia 23 de março, a partir das 18h, no Teatro do Sindicato da Indústria da Construção Pesada, em Belo Horizonte. A escolha de dom Mol para receber a homenagem se deve pelo seu trabalho em defesa da vida e do meio ambiente, como reitor da PUC Minas, bispo auxiliar da arquidiocese da capital e membro do Conselho Cultural do Papa Francisco. O prêmio é promovido pela revista Ecológico, publicação brasileira sobre Meio Ambiente, Sustentabilidade e Educação Ambiental.
Com informações da PUC Minas.

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Papa Francisco pede acolhimento aos migrantes sofredores 

 

Milhares de peregrinos acompanharam a catequese na Praça de São Pedro no Vaticano


Durante audiência geral, na quarta-feira, 16 de março, o Papa Francisco pediu que as nações e governantes “abram o coração e as portas” e que acolham os povos que são expulsos dos países. “Os migrantes de hoje que sofrem o frio, sem comida e não podem entrar, não sentem a acolhida. Gosto tanto de ouvir quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas!”, disse o papa. Ainda, na reflexão do livro do profeta Jeremias, Francisco recordou que “a terra, que o povo tinha sido obrigado a abandonar, tinha se tornado vítima de inimigos e desolados”. E, desejou que “o verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz depois da escuridão da crise de fé se realiza na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que dá alegria, paz e vida eterna”. No final da catequese o papa recebeu um grupo de crianças.

Confira a íntegra da mensagem:

 

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

No livro do profeta Jeremias, os capítulos 30 e 31 são ditos “livro da consolação”, porque nesses a misericórdia de Deus se apresenta com toda a sua capacidade de confortar e abrir o coração dos aflitos à esperança. Hoje queremos também nós ouvir essa mensagem de consolação.Jeremias se dirige aos israelitas que foram deportados à terra estrangeira e pré-anuncia o retorno à pátria. Este retorno é sinal do amor infinito de Deus Pai, que não abandona os seus filhos, mas cuida deles e os salva. O exílio foi uma experiência devastante para Israel. A fé havia vacilado porque em terra estrangeira, sem o templo, sem o culto, depois de ter visto o país destruído, era difícil continuar a acreditar na bondade do Senhor. Penso na vizinha Albânia e como, depois de tanta perseguição e destruição, conseguiu se reerguer na dignidade e na fé. Assim sofreram os israelitas no exílio.Também nós podemos viver às vezes uma espécie de exílio, quando a solicitude, o sofrimento, a morte nos fazem pensar termos sido abandonados por Deus. Quantas vezes ouvimos essa palavra: “Deus se esqueceu de mim”: são pessoas que sofrem e se sentem abandonadas. E quantos nossos irmãos estão vivendo neste tempo uma real e dramática situação de exílio, distantes da sua pátria, tendo nos olhos os escombros de suas casas, no coração o medo e, muitas vezes, infelizmente, a dor pela perda de pessoas queridas! Nestes casos, alguém pode se perguntar: onde está Deus? Como é possível que tanto sofrimento possa se abater sobre os homens, mulheres e crianças inocentes? E quando procuram entrar em qualquer outra parte lhe fecham a porta. E estão ali, na fronteira porque tantas portas e tantos corações estão fechados. Os migrantes de hoje que sofrem o frio, sem comida e não podem entrar, não sentem a acolhida. Gosto tanto de ouvir quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas!O profeta Jeremias nos dá uma primeira resposta. O povo exilado poderá voltar a ver sua terra e experimentar a misericórdia do Senhor. É o grande anúncio de consolação: Deus não está ausente nem hoje nestas dramáticas situações, Deus está próximo e faz obras grandes de salvação para quem confia Nele. Não se deve ceder ao desespero, mas continuar a ser seguro de que o bem vence o mal e que o Senhor enxugará cada lágrima e nos libertará de todo medo. Por isso Jeremias empresta a sua voz às palavras de amor de Deus pelo seu povo:

 

“De longe me aparecia o Senhor:
amo-te com eterno amor,
e por isso a ti estendi o meu favor.
Reconstruir-te-ei, e serás restaurada, ó virgem de Israel!
Virás, ornada de tamborins, participar de alegres danças” (31, 3-4)

O Senhor é fiel, não abandona à desolação. Deus ama com um amor sem fim, que nem mesmo o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de consolação. O sonho consolante do retorno à pátria continua nas palavras do profeta, que dirigindo-se a quantos retornarão a Jerusalém, diz:

“Regressarão entre gritos de alegria às alturas de Sião
acorrendo aos bens do Senhor:
ao trigo, ao mosto e ao óleo,
ao gado menor e ao maior.
Sua alma se assemelha a jardim bem regado,
e sua fraqueza cessará” (31, 12). 


Na alegria e no reconhecimento, os exilados voltarão a Sião, saindo sobre o monte santo rumo à casa de Deus e assim poderão de novo levantar hinos e orações ao Senhor que os libertou. Este retornar a Jerusalém e aos seus bens é descrito com um verbo que literalmente quer dizer “afluir, socorrer”. O povo é visto, em um movimento paradoxal, como um rio em cheia que flui rumo à altura de Sião, movendo em direção ao topo da montanha. Uma imagem corajosa para dizer quanto é grande a misericórdia do Senhor! A terra, que o povo tinha sido obrigado a abandonar, tinha se tornado vítima de inimigos e desolados. Agora, em vez disso, retoma a vida e refloresce. E os exilados serão como um jardim irrigado, como uma terra fértil. Israel, levado novamente à pátria pelo seu Senhor, assiste à vitória da vida sobre a morte e da benção sobre a maldição. É assim que o povo é fortificado e consolado por Deus. Esta palavra é importante: consolado! Os repatriados recebem vida de uma fonte que, gratuitamente, os irriga. A este ponto, o profeta anuncia a plenitude da alegria e sempre, em nome de Deus, proclama: “Transformar-lhes-ei o luto em regozijo, e os consolarei após o sofrimento e os alegrarei” (31, 13). O salmo nos diz que, quando voltaram à pátria, a boca se enche de sorriso; é uma alegria tão grande! É o dom que o Senhor quer dar também a cada um de nós, com o seu perdão que converte e reconcilia. O profeta Jeremias nos deu o anúncio, apresentando o retorno dos exilados como um grande símbolo da consolação dada ao coração que se converte. O Senhor Jesus, por sua parte, levou a cumprimento esta mensagem do profeta. O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz depois da escuridão da crise de fé se realiza na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que dá alegria, paz e vida eterna.

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A oração incessante segundo alguns padres da Igreja

 

Dom Vital CorbelliniBispo de Marabá (PA)

 

Introdução


A quaresma é o tempo de oração, para que possamos seguir os passos do Senhor Jesus passando do calvário para a ressurreição. Os primeiros escritores cristãos, os padres da Igreja, insistiam para que a oração fosse freqüente, assim como o Senhor Jesus insistiu junto aos seus discípulos e discípulas. 

 

1. A oração impulsiona à ação

 

Evágrio Pôntico (Monge, século IV e início do V século, Tratado sobre a oração 14-16;37-39;59;61;98; 102-103) tem presente o valor da oração na quaresma para viver a paz e o amor no mundo de hoje. A oração é um broto de mansidão e de docilidade. Ela é fruto da alegria e da ação de graças. A oração é defesa diante da tristeza e do desânimo. A oração tem relação com os outros. O autor diz que se a pessoa deseja rezar como se deve na verdade, não aflija ninguém, porque a pessoa correria em vão. Caso a pessoa seja paciente, rezará sempre com alegria. Evágrio diz que quando a pessoa reza, é convidada a renunciar a tudo para obter tudo.  A oração visa à ação. Ela coloca a purificação das paixões, a liberdade da ignorância e do esquecimento, e a superação de toda a tentação e abandono. 

 

2. A oração e o Reino

 

Evágrio relaciona a oração com a dimensão do Reino aqui, agora e no depois. A oração feita com amor busca unicamente a justiça, o Reino, isto é, a virtude, conhecimento e tudo o resto ser-lhe-á dado por acréscimo (cfr. Mt 6, 33). É claro que se a pessoa deseja rezar, há a necessidade de Deus que doa a oração como dom a quem reza (cfr. 1 Sm 2,9). Sempre o invocamos dizendo: seja santificado o teu Nome, venha o teu Reino (Mt 6, 9-10), isto é o Espírito Santo e o seu Filho Unigênito. Assim de fato ensinou o Senhor dizendo de adorar o Pai em espírito e verdade (Jo 4,24). Se és teólogo, rezarás verdadeiramente e se rezas verdadeiramente, és teólogo. 

 

3. A oração do fariseu e do publicano


Evágrio tem presentes duas formas de oração, aquela do fariseu e do publicano. Ele diz que é preciso rezar não à forma do fariseu, que se achava justo diante de Deus, mas pela atitude do publicano, feita na humildade e no amor, no sagrado lugar da oração para ser também justificado pelo Senhor. 

 

4. A fé, fonte da oração

 

Santo Agostinho (Séculos IV e V, Discursos, 115,1) fala da importância da fé na oração. Se falta a fé, não há oração. Como pode alguém rezar naquele que não crê? Por isso São Paulo exorta à oração dizendo: Quem invocará o nome do Senhor será salvo (Rm 10,13). E para mostrar que a fé é fonte da oração e que o pássaro não voa quando a fonte está seca, acrescenta: Mas como poderão invocar Aquele no qual não creram? (Rm 10,14). Assim para rezar, ocorre crer. O fato é que a fé faz brotar a oração, e a oração jorrada consegue a estabilidade da fé. O Senhor mesmo disse: Vigiai e orai para não cair em tentação (Lc 22, 46). A tentação cresce na medida na qual vem menos a fé, e a tentação vem menos na medida em que cresce a fé. 

5. A vida apostólica

Santo Agostinho diz que a fé dos apóstolos possibilitou a continuidade na ação de transmitir o Reino de Deus às pessoas. Os apóstolos não teriam seguido o Senhor se não tivessem tido uma grande fé e todavia se tivesse uma fé cheia não teriam dito ao Senhor: aumenta a nossa fé(Lc 17,5). 

6. A oração para os inimigos

Segundo Santo Agostinho (Discursos, 15,7-8), devemos rezar pelos nossos inimigos, segundo o preceito do Senhor Jesus (cfr. Mt 5,44). Se o teu próximo faz-lhe o mal, o Senhor bom faz-lhe rezar para o seu inimigo. O mandamento do Senhor é que se ore para o seu inimigo. Ele nos diz que nós devemos amar os nossos inimigos, fazer o bem a quem nos odeiam e rezar por aqueles que nos que perseguem, para que sejamos filhos do Pai de Jesus Cristo que está nos céus (cfr. Mt 5,44-45). Considera pois que é o Pai quem convida a rezar no Filho e torna isso como herança. Dessa forma a pessoa inicia a sua oração por aquele seu grande inimigo que está lhe fazendo muito mal, que provocou-lhe muitos sofrimentos. A sua boa vontade, os desejos, a alegria segundo o ser humano interior, a obediência ao seu Senhor, e a oração para o seu inimigo, tudo isso é ouro. 

7. A oração no espírito

João de Apameia (Padre do deserto, século VI, Discursos sobre a oração, 1-3) diz que quem reza a Deus em perfeição não se requer um lugar, nem um discurso proferido pela língua. O próprio Senhor diz que chegará a hora na qual nem sobre o monte, nem em Jerusalém adorar-se-á o Pai (Jo 4,21). Paulo também afirma que rezar em espírito é rezar também na mente(cf. I Cor 14,15). Essa oração não é feita tanto com a língua, mas é uma oração espiritual, mais interna que a língua, mais profunda que os lábios e mais interior que as palavras. E quando alguém faz essa oração, faz desaparecer o mundo e está no lugar dos seres espirituais.  Assim todo aquele que reza com os salmos, quando faz em todo instante a lembrança de Deus, de Jesus Cristo, do Espírito Santo enche a sua alma, provando grande temor diante do seu Nome; quando alguém se humilha diante de todos, como fez o publicano, aproxima-se Daquele que vê afastar-se do mal de modo a fazer coisas semelhantes, alcança aquela inteligência espiritual com os quais os seres espirituais rezam e cantam a Deus para sempre. É possível sim essa caminhada espiritual. É possível sim a oração no espírito humano para se chegar ao Espírito de Deus.  Vivamos bem o espírito quaresmal em preparação à Páscoa através da oração para assim viver o amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. 

 

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