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BOLETIM DIÁRIO DA CNBB 

Simpósio de Missiologia reflete sobre pontificado de Francisco

 

Participantes fazem balanço das orientações e visões missiológicas

 

“Francisco, timoneiro da esperança para uma missão a serviço do mundo de hoje e amanhã” é o tema do 5º Simpósio de Missiologia, que acontece em Brasília (DF), entre os dias 13 e 17 de março. Promovido pelo Centro Cultural Missionário (CCM) e a Rede Ecumênica Latino Americana de Missiólogos e Missiólogas (Relami), o evento reúne mais de 50 docentes, teólogos, pesquisadores, representantes de instituições missionárias, agentes de pastoral de todo o Brasil. Com a celebração dos três anos de pontificado do Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013, os participantes pretendem fazer um balanço das orientações e visões missiológicas para possíveis caminhos de recepção e atuação.  Presente na abertura do Simpósio, o bispo auxiliar de São Luís e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos o Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, recordou que “olhar o Papa Francisco, estudar seus escritos é ver nele uma testemunha do Evangelho, testemunha de Jesus Cristo. A testemunha da fé não é testemunha de si mesmo, mas daquele que chama e envia. O centro não é a pessoa, mas Jesus Cristo”. Segundo o  secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, com a eleição do papa Francisco, a Igreja assiste ao renascimento dos anseios e das perspectivas do Concílio Vaticano II. "Posturas e propostas esquecidas ou até rejeitadas agora são estimuladas e acolhidas com esperança. Para os missiólogos e os organismos missionários, o Papa Francisco é o timoneiro de uma Igreja em saída”, complementou. O assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), padre Paulo Suess, ressaltou que as indicações do pontífice devem ser colocadas em prática. “Estamos felizes com os pronunciamentos e gestos do papa, mas isso não dispensa que nós missiólogos pensemos no problema que isso cria: o papa representa a esperança, mas a instituição que ele representa nem sempre mostra isso. Nós também devemos ter a coragem de fazer cobranças e perceber as ambivalências para fortalecer a caminhada olhando para o futuro”, alertou. Para Irmã Fátima Kapp da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), “os missiólogos e missiólogas têm a tarefa de olhar para o futuro e ajudar a nossa Igreja a caminhar”. O diretor das Pontifícias Obras Missionárias, padre Camilo Pauletti, considerou, durante a abertura do Simpósio, que “Francisco está retomando o Evangelho e querendo que as ações e atitudes de Jesus sejam de toda a Igreja”.

 

Programação

 

O Simpósio conta, em sua programação, com conferências, debates, grupo de estudo, testemunhos missionários, apresentações de iniciativas e publicações. Na manhã de segunda-feira, a doutora em teologia e coordenadora da pós-graduação do Instituto Teológico São Paulo (Itesp), irmã Inês Costalunga, falou sobre os “Sinais dos tempos e tempo da misericórdia. A visão da realidade e da ação de Deus na história, segundo Francisco: angústias e esperanças do tempo presente”. Na parteda tarde os participantes, organizados em grupos, aprofundaram a temática apresentada pela religiosa a partir de encíclicas sociais dos papas, desde a Rerum Novarum de Leão XIII (1891), e evidenciaram os principais sinais dos tempos hoje na Igreja e na sociedade. O professor Roberto Marinucci, que é mestre em missiologia e diretor da revista interdisciplinar da Mobilidade Humana, tratou em sua exposição dos “sinais dos tempos e tempo da misericórdia” no contexto das migrações. Segundo o pesquisador, as migrações sustentam a lógica do “choque de civilizações”. “A migração é o bode expiatório e o capital do medo que legitima o estado de exceção permanente”, explicou. Em outra palestra, o doutor em História da Igreja, professor Sérgio Coutinho, destacou os princípios eclesiológicos para uma Igreja em saída, os desafios encontrados neste processo e as “cristalizações que impedem, de certa maneira, uma eclesiologia de uma Igreja em saída missionária”. Coutinho também abordou a questão da sinodalidade no pontificado de Francisco.  Os palestrantes recordaram discursos, homilias e diversos trechos das encíclicas e da exortação apostólica do Papa Francisco em suas exposições.
Com informações e fotos das Pontifícias Obras Missionárias.

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Comissão para os bispos eméritos prepara participação na 54ª AG

 

Grupo planejou atividades e projetos durante reunião, em Brasília

A Comissão para os Bispos Eméritos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá fazer uma apresentação de sua proposta de trabalho durante a 54ª Assembleia Geral (AG) da entidade, que será realizada de 06 a 15 de abril, em Aparecida (SP). A reflexão estará em sintonia com o Jubileu Extraordinário da Misericórida. O tema da intervenção dos membros da Comissão durante o evento será "A misericórdia na vida do bispo emérito”. Em reunião, na terça-feira, 15, na sede da Conferência, em Brasília (DF), o grupo planejou atividades e projetos. Com novos membros, a Comissão voltou às atividades após encontro realizado na 53ª Assembleia Geral da entidade, em 2015. A partir de dezembro do ano passado, deu início ao planejamento de atividades e definição de projetos para atendimento pastoral aos bispos que já tiveram suas renúncias aceitas pelo papa, de acordo com as normas do Direito Canônico. “Atualmente somos 167 bispos eméritos, quer dizer, 35% do episcopado brasileiro hoje é aposentado, vamos dizer assim, são eméritos. Então é uma ocasião para nós vermos como estão nossos bispos, como estão vivendo, se estão felizes, afinal de contas, vivendo essa época”, explica o arcebispo emérito de Manaus (AM) e presidente da Comissão para os Bispos Eméritos da CNBB, dom Luiz Soares Vieira (à direita na foto).

 

Planejamento

 

Algumas das atividades para este ano já estão definidas. Durante a 54ª AG, além da apresentação do trabalho haverá momentos de encontro e oração entre os eméritos e uma celebração eucarística dedicada a eles, que deve ser presidida pelo arcebispo emérito de Feira de Santana (BA), dom Itamar Vian. Ainda neste ano, durante o 16º Congresso Eucarístico Nacional, a ser realizado em Belém (PA), entre os dias 15 e 21 de agosto, será reservada uma tarde para troca de ideias sobre a caminhada. Outro projeto em que a Comissão trabalha é a edição de um boletim informativo com entrevistas e testemunhos sobre a vida dos bispos que estão “gozando de sua emeritude”, como definiu dom Luiz Soares. Para setembro de 2017 o grupo prepara o 4º Encontro Nacional dos Bispos Eméritos, um dos principais objetos de trabalho da Comissão. “Então a Comissão está retomando projetos que já existiam no passado e que, por várias circunstâncias, foram caindo e agora vai ter uma retomada. E depois, ouvindo os bispos eméritos, nós temos de pensar o que fazer a mais para que todos se sintam bem”, avalia dom Luiz. Dom Itamar Vian, que é membro da Comissão, explica a intenção de que em cada regional tenha um bispo referencial para acompanhamento dos eméritos. “Dom Luiz Soares Vieira realmente tem uma mentalidade muito aberta e ele quer que esta Comissão atue junto aos bispos referenciais de cada região. Cada regional tem um bispo que deve acompanhar os eméritos”, conta.

 

Serviço dos bispos eméritos

 

Dom Luiz Soares Vieira, aos 78 anos e emérito desde 2012, conta que há duas “categorias” de bispos eméritos. “Alguns estão com muita saúde, força e estão trabalhando nas dioceses, nas paróquias, no serviço de atendimento de confissões e pessoal, alguns inclusive até com trabalho da CNBB, então esses estão bem e é bom que continuem com essas atividades, que ajuda a gente a não envelhecer mais rapidamente. A outra categoria são os bispos eméritos que já estão mais devagar, com problemas de saúde e o bonito desses bispos que eles estão oferecendo tudo isso pelas suas dioceses e se unem através do sofrimento, da solidão à diocese e isso é bonito, pois tem um caráter redentor”, ressalta. Para o presidente da Comissão os bispos eméritos devem agradecer muito a Deus pela beleza deste tempo na vida episcopal.  Dom Itamar Vian fala da importância da continuidade do serviço de membros do clero que devem renunciar às suas funções aos 75 anos. “Ele deixa de administrar a (arqui) diocese, mas continua prestando muitos serviços essenciais na vida da Igreja: visitar doentes, atender confissões, fazer um trabalho de direção espiritual com padres, seminaristas, religiosos”, afirma. “Os bispos eméritos, a maioria tem saúde, continuam prestando auxilio com maior disponibilidade, porque antes tinham que dedicar um tempo razoavelmente longo às questões administrativas e hoje dedicam seu tempo a servir às paróquias, grupos, movimentos ou pastorais”, finaliza dom Itamar. Também fazem parte da Comissão Especial o bispo emérito de Palmares (PE), dom Genival Saraiva de França, e o bispo auxiliar de São Luís (MA), dom Esmeraldo Barreto de Farias. A assessoria é do padre Deusmar Jesus da Silva, da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

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Regional Sul 3 realiza Encontro dos Organismos

 

Diversas questões foram abordadas como a CFE 2016, Ano da Misericórdia e Catequese

Cerca de 60 pessoas participaram do primeiro Encontro dos Organismos de 2016 do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrido de 15 a 16 de março, na Casa de Retiro Vila Betânia, em Porto Alegre (RS). O evento reuniu a presidência do regional, o Conselho Episcopal de Pastoral (CEP), as Equipes de Coordenadores Diocesanos da Pastoral (ECODIPA) e as Equipes de Coordenadores Regionais de Setores (ECORES). Na ocasião, foram abordados diversos assuntos entre eles a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016, o Encontrão das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a II Jornada Estadual dos Catequistas, o Jubileu da Misericórdia, Pastorais da Terra e a dos Surdos, iniciação à vida cristã e animação bíblico-catequética. Na homilia de encerramento, o arcebispo de Porto Alegre e presidente do regional Sul 3, dom Jaime Spengler, destacou três aspectos importantes para a vida da pastoral: a autenticidade, a dimensão da cruz e a verdade. “Ser homens e mulheres autênticos e não ter medo da cruz ao encontrar os desafios na pastoral. O terceiro aspecto é um encontro com a Verdade, que é Jesus Cristo, uma Pessoa”.  Dom Jaime falou sobre o tema da Campanha da Fraternidade e o cuidado de todos em prol da Casa Comum. Por fim, salientou que “o Encontro dos Organismos ajuda a sentir o impulso do dinamismo da Igreja no regional”. O coordenador da Iniciação à Vida Cristã e Animação Bíblica do regional, padre Decio José Walker, chamou a atenção para a iniciação à vida cristã e a animação bíblico-catequética. “Essas são as duas das urgências que a Igreja do Rio Grande do Sul optou em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Com isso, se deseja um envolvimento de toda a Igreja a partir da Catequese e da Animação Bíblica da Pastoral, na busca de uma renovação da comunidade”, afirmou Walker. 
Com informações e foto do regional Sul 3.

 

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