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NOTICÍAS DO REGIONAL LESTE 207/03/2016

Dom Dario Campos fala sobre a Misericórdia em reunião com os presbíteros da diocese de Cachoeiro de Itapemirim

 

Na quarta-feira, 24 de fevereiro, os presbíteros da diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES), juntamente com o bispo diocesano, dom Dario Campos, estiveram reunidos na Casa de Encontro “Maria, Mãe da Igreja”, em Jerônimo Monteiro, para a Reunião dos Presbíteros, que acontece periodicamente. Na oportunidade, dom Dario falou aos presbíteros presentes sobre a Misericórdia. Leia a íntegra da mensagem:

 

"Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia". (Mt. 5,7)

 

Os relatos bíblicos, desde seus primórdios, apresentam Deus, como sendo essencialmente amor e misericórdia. Sendo assim, para pensar em Deus e experimentá-Io no mais profundo do ser é necessário aprender d`Ele o que é ser misericordioso. Deus, ao longo da história da salvação, sempre manifestou o seu poder misericordioso. A criação é um gesto de misericórdia. O envio deAbraão e a história de José são repletas de narrativas da misericórdia de Deus. Do mesmo modo, a libertação do povo do Egito, não foi senão mais que uma proeza misericordiosa do Deus da vida que fez opção por um povo e amou profundamente. Assim, podemos ver, no caminhar do povo de Israel, nos salmos cantados, nos seus avanços e retrocessos, na conquista da terra, na sua constituição enquanto nação, nas batalhas, na fome, na alegria e na dor...  Em todos os momentos, a misericórdia de Deus sempre presente e manifestando-se de forma clara e inegável. O Nosso Deus é um Deus que se compadece e que acolhe. Na acolhida Ele sempre restabelece as forças de seus filhos, a fim de que sempre pudessem dar continuidade ao longo caminho que ainda tinham que percorrer. Desse modo Ele fez com Elias, o Profeta do Altíssimo, que no longo caminho foi acompanhado pela presença, sempre constante, do Senhor. Do mesmo modo, Deus, de forma tão misericordiosa capacitou Davi, ungiu Salomão e tantos outros reis para que pudessem ser fiéis testemunhas de sua misericórdia. Quando voltamos nosso olhar para a viúva de Serepta, percebemos a mesma misericórdia de Deus, o mesmo cuidado e a mesma acolhida.  Em sua misericórdia, Deus fez com que a pouca farinha daquela casa pobre e simples jamais faltasse, do mesmo modo que multiplicou o seu azeite para que jamais se acabasse. Tudo isso como prova de seu amor para com quem lhe é fiel. Na vida de Jó, a misericórdia de Deus falou tão alto que o pobre homem resistiu a todas as intempéries de sua vida, na confiança e na certeza de que Deus poderia lhe manifestar seu poder, como assim o fez. Desse modo, podemos discorrer por todo Antigo Testamento e provar as delícias da misericórdia de Deus, estampadas em cada acontecimento da vida do povo da Aliança. Quando falamos na Aliança, reconhecemos que ela é prova viva do amor misericordioso de Deus. Só se faz aliança com quem se ama, e quem ama perdoa e cuida, como disse o poeta. Deus cuida porque ama, e no amor, perdoa sempre e de forma ilimitada. O perdão de Deus é revestido de glória, a fim de que aquele que recebe o perdão seja profundamente renovado, em suas forças e em sua vida. Sobre ele vem o sopro da vida de Deus, seu halito e respiro, de modo que, o perdão seja fonte de nova vida, proporcionada pela misericórdia de Deus. Como encontramos em S. João, Capítulo 3, 16: “de fato, Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho, não para julgar, mas para que o mundo fosse salvo por Ele". Assim, num gesto nobre, sinal de seu amor, Jesus de Nazaré veio nos falar da misericórdia de Deus, apresentado-nos o Pai que quer mais a misericórdia que o sacrifício. Desse modo, ao nos revelar a face misericordiosa do Pai, Jesus nos diz que devemos ser misericordiosos como o Pai, que nos acolhe e perdoa com compaixão e amor infinitos. As palavras de Jesus foram norteadoras da sua prática. Em todas as passagens evangélicas, o que vemos é Jesus manifestando a misericórdia d`Aquele que o enviou, a todos os que lhe achegaram. Desde a palavra doce e próxima dedicada à pecadora: "Vá e não peques mais" (Jo. 8, 3-11), até aquela dirigida ao coxo: "Teus pecados estão perdoados" (Mt. 9, 5). Em várias outras passagens, encontramos o Nazareno manifestando a misericórdia de Deus, já que, durante toda a sua vida pública, Ele pregou a misericórdia e o perdão do Pai. Todo esse percurso de testemunho e grande amor, foi coroado no alto da cruz, onde, cravejado com os pregos que lhe feriam o corpo, a dignidade e a alma, Jesus encontra forças para manifestar, ainda uma vez, o seu ser misericordioso, quando clama: "Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc. 23,34). Quando nosso olhar se volta para a Sagrada Escritura e somos iluminados por Ela, percebemos, voltando-nos para a vida do dia a dia, o quanto é difícil exercitar a misericórdia! Como é desafiador enfrentar o adversário, alguém que não nos agrada, um outro que fez uma calúnia contra nós, ou mesmo alguém que nos traiu a confiança. Como é difícil ainda, perdoar a quem tira a vida de um filho, de um irmão, ou de um parente nosso. Sim não é simples e nem mesmo fácil, nesses momentos tão duros e cruéis, que a vida nos apresenta, exercitar a misericórdia e o perdão. Devo dizer com certeza, que também eu, Bispo, tenho minhas dificuldades no que diz respeito a viver e dirigir minhas ações e passos segundo a misericórdia de Deus. Acontece que, entre o mal que nos fazem e o perdão total existe algo precioso: o tempo. O tempo é um grande remédio. Ou seja, ele remedia, garante a possibilidade de vermos melhor todas as coisas. O tempo é a condição e a oportunidade de avaliar o outro lado, de nos fazer rever o modo e a forma como vemos os acontecimentos da vida. Ele nos mostra que o ódio, o sentimento de vingança, a desavença, só fazem mal para nós mesmos. Mas não podemos forçar o sentimento, como se fizéssemos de conta que vivemos segundo a misericórdia e bondade o tempo todo. Isso seria hipocrisia de nossa parte e não seria sustentado por muito tempo. Ao contrário, podemos e devemos colocar nas mãos do Senhor de todas as Misericórdias a nossa vida a cada dia, pedindo a Ele, de modo incessante, que Ele nos ajude a ouvir o Seu Filho e escolher, a cada dia, o caminho da misericórdia. A fim de, como nos pediu Jesus: Sejamos misericordiosos como o Pai, isto é tenhamos em nosso peito um coração misericordioso como o d`Ele.;
Dom Dario Campos,ofmBispo diocesano de Cachoeiro de Itapemirim - ES 

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Celebração Ecumênica marca abertura da CF na Arquidiocese de BH

 

Um momento especial de comunhão marcou a abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 na Arquidiocese de Belo Horizonte. Os fiéis se reuniram no sábado, dia 13 de fevereiro, na Associação dos Moradores do Bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste de Belo Horizonte. Este ano a Campanha discute a situação do saneamento básico em todo o país. Com tema “Casa comum, nossa responsabilidade”e lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24), a Campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).  A escolha do local para a realização do evento de abertura, segundo o arcebispo dom Walmor, foi oportuna para chamar atenção para a realidade social: “Nós escolhemos realizar este momento no bairro Ribeiro de Abreu para mostrar a realidade que nos desafia neste e em tantos outros lugares. Aqui, ao lado do Córrego do Onça, podemos mostrar como nós temos degradado a obra da criação. Devemos agir de modo adequado. Tem jeito, só precisamos de vontade política, sentido de cidadania e coragem profética para fazer isso”. Com o intuito de promover a reflexão sobre o tema da Campanha, pastorais e movimentos sociais apresentaram para a comunidade importantes trabalhos e ações em favor do meio ambiente. Dom Walmor, os bispo auxiliares dom Luiz Gonzaga Fechio e dom Edson Oriolo, a pastora Aneli Schwarz, presidente do Conic em Minas Gerais e outros representantes de Igrejas Cristãs conduziram uma Celebração Ecumênica, uma demonstração especial de fé e união. Durante a Celebração, a comunidade foi convidada a cuidar de nossa “Casa Comum”. Segundo dom Walmor,“ quando conseguimos olhar o mundo com os olhos de Deus, conseguimos entender que tudo o que está acontecendo com o planeta é nossa responsabilidade e devemos agir, à luz da nossa fé. Temos um longo caminho a percorrer, todos os cristãos devem se comprometer com um mundo melhor, mais justo, mais fraterno e solidário. Precisamos, como discípulos de Cristo, sensibilizar todas as pessoas, mas principalmente os governantes e os formadores de opinião, para que compreendam a necessidade de promoção da vida”. A cada cinco anos, a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica. A primeira foi em 2000, e teve como tema “Dignidade humana e paz”, e o lema escolhido foi: “Novo milênio sem exclusões”. A segunda edição, em 2005, falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema: “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, o tema foi “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.

 

Conic

O Conic é o Conselho Ecumênico formado pelas Igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Presbiteriana Unida do Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Sirian Ortodoxa de Antioquia. 

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Pastoral do Menor do Leste 2 se reúne para avaliação e planejamento

 

A Pastoral do Menor do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) realizou nos dias 12 a 14 de fevereiro, a primeira reunião anual da Coordenação e do Conselho. A reunião aconteceu na cidade de Ouro Preto (MG) e contou com as presenças de lideranças e coordenações da Pastoral do Menor no Regional Leste 2, representantes das (arqui)dioceses de Vitória, Montes Claros e Mariana; membros da coordenação ampliada e do Sub-Regional, e do Escola da Cidadania.   A assessoria do tema central, Espiritualidade da coordenação da Pastoral do Menor, ficou a cargo de Sandra Lobo, do Centro de Assessoria a Apoio a Iniciativas Sociais (CAIS). O grupo avaliou ainda os trabalhos incluídos no Projeto Misereor, traçou um planejamento para o Seminário de 10 anos do Escola da Cidadania, elaboraram estratégias para o plano decenal da Pastoral do Menor do Regional além de proporem assuntos de pauta comum nos Conselhos para o ano de 2016.

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Nota de falecimento do padre Guido Evangelista da Silva

 

A diocese de Oliveira (MG) divulgou na quarta-feira, 24 de fevereiro, nota de falecimento do padre  Guido Evangelista da Silva.  Filho de José João da Silva e Josefina Augusta da Silva, nasceu em Candeias aos 27 de dezembro de 1933; batizado aos 10 de janeiro de 1934 e crismado a 21 de abril de 1934. Cursou o primário na Escola Dom Cabral a partir de 1941, e ingressou no Pré-Seminário São Pedro, de Campo Belo, em 1947. Fez o ginásio e o segundo grau no Seminário Nossa Senhora das Dores em Campanha (MG), de 1948 a 1954, e cursou Filosofia e Teologia no Seminário Maior São José, de Mariana (MG), de 1955 a 1961. Ostiário a 29 de novembro de 1959, leitor a 29 de novembro de 1959, acólito e exorcista a 26 de novembro de 1960.  Em Oliveira (MG), por dom José Medeiros Leite. Subdiácono em Mariana, por dom Oscar de Oliveira a 27 de novembro de 1960, foi ordenado diácono a 2 de dezembro do mesmo ano, em Oliveira e presbítero aos 10 de dezembro de 1961, em Campo Belo, por dom José Medeiros Leite. Foi diretor espiritual do Seminário Santíssima Trindade, em Oliveira, de 1962 a 1966, e reitor de 1966 a 1971. Tornou-se, com o fechamento deste, pároco da Catedral. Foi ainda chanceler do bispado de 1988 a 2004 e de março de 2010 até o presente e Defensor do Vínculo na Câmara Eclesiástica. Em 1986, concluiu a Igreja nova, depois Catedral Nossa Senhora de Oliveira, iniciando a restauração da matriz em 1988, obra só terminada dez anos depois. Construiu a Igreja do Rosário em 1995, e a capela de Santo Antônio de Antônio Justiniano em 1978. Em 1989, reformou a antiga capela de São João Bosco e, em 1994, ampliou o Santuário Nossa Senhora das Graças. Tornou-se pároco emérito da Paróquia Nossa Senhora de Oliveira no dia 19 de fevereiro de 2010, permanecendo como confessor na Catedral durante todas as manhãs até o presente na Catedral. Exemplo de fidelidade sacerdotal, que Deus lhe conceda o eterno descanso.
Diocese de Oliveira - MG 

 

Assessoria de Imprensa do Regional Leste 2

 


Postado neste portal por: Italo Rodrigues 

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